terça-feira, 26 de maio de 2009

O FÓSSIL ROUBADO


Fóssil roubado em Vila Velha de Ródão

Classificado como geomonumento
A triste notícia chegou como as tempestades que têm assolado o país. Um dos 16 mais importantes geomonumentos do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional foi roubado da Herdade da Coutada.
O alarme foi dado pela Presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Maria do Carmo Sequeira, numa visita feita ao local no final da semana passada. A seu pedido, as autoridades policiais já se encontram a investigar esta importante perda de património regional, em vias de classificação como de importância Municipal.
Foi como se tivessem apagado da paisagem um castelo medieval raiano ou destruído um dos raros núcleos de Arte Rupestre do Tejo que ainda podem ser visitados.
Trata-se de um tronco fóssil pertencente à espécie Annonoxylon teixeirae (da família das Anoneiras, árvore que só existe actualmente a latitudes tropicais). O fóssil terá sido descoberto nos inícios da década de noventa na Charneca, associado a uma exploração mineira Romana e transportado para junto do Monte da Coutada, onde se encontrava visitável desde então.
Logo após a sua descoberta, a Associação de Estudos do Alto Tejo chamou a atenção para a necessidade de remover o tronco fóssil para o espaço público da exposição “Arqueologia do Ródão”, no Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento onde, aliás, chegou a ter lugar reservado no projecto arquitectónico.
Considerado por vários especialistas das universidades de Lisboa, Coimbra e Évora como património geológico, em 2005 foi proposta pela Naturtejo a sua classificação como Móvel de Interesse Municipal, justamente pela sua vulnerabilidade face a actos de vandalismo e roubo, processo que decorria entre a autarquia de Vila Velha de Ródão e a família Ferro.
A necessidade da sua protecção foi apoiada pela ProGEO-Portugal, a Associação Europeia para a Conservação do Património Geológico, a qual apresentou um parecer à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão em Maio do ano passado.
Este fóssil, com um valor comercial baixo, mas de inestimável e inegável valor patrimonial para toda a região, tinha uma idade superior a cinco milhões de anos. O tronco fóssil era o mais importante fragmento de sete encontrados até ao momento, todos possivelmente associados a uma mesma árvore que terá atingido em vida quase 20 metros de altura, e mais de 95 anos de idade.
O tronco petrificado roubado tinha quase 2 metros de comprimento por 1 metro de diâmetro, com o peso teórico de 15 toneladas. O que pressupõe que o roubo terá sido planeado com recurso a uma retroescavadora e a um pequeno camião.
A sua importância para compreender as alterações climáticas do passado tem vindo a reflectir-se no aumento do número de visitantes ao local, através dos programas educativos e turísticos do Geopark Naturtejo, que considerava este um importante geomonumento e recurso turístico.
No mesmo período em que se deu o roubo, investigadores do Geopark Naturtejo apresentavam um trabalho no primeiro número da Açafa Online sobre a importância dos raros troncos fósseis encontrados em Vila Velha de Ródão, apontando para aspectos preservados no fóssil agora desaparecido que ainda não eram bem conhecidos, mesmo a nível internacional.
Os cientistas e autoridades municipais e do Geopark Naturtejo temem que as fotografias apresentadas naquele artigo e tiradas no final de Dezembro sejam as últimas a relatar mais uma importante perda de um património que deve ser de todos.
Os investigadores do Geopark afirmam que o tronco fóssil da Herdade da Coutada faz parte do inventário nacional de geossítios sob a alçada do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e que, se não saiu do país, será fácil encontrar o tronco e punir os responsáveis pelo roubo e eventual comercialização do mais importante fóssil de Vila Velha de Ródão.
Por isso, se viu o fóssil que se mostra na fotografia não hesite em entrar em contacto com a Naturtejo: é propriedade de todos e das futuras gerações que está a ser usurpado pelo egoísmo do lucro de alguns!

AMAMENTAR FAZ BEM AO CORAÇÃO


Amamentar os filhos pode ser sinónimo, para as mulheres, de redução do risco de desenvolvimento de doenças cardíacas ou derrames.
Um trabalho da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos da América (EUA), revela que as mulheres que amamentam durante mais de um ano estão 10% menos propensas a sofrer destes problemas de saúde do que aquelas que nunca amamentaram. Segundo os investigadores, pode ainda reduzir em cerca de 20% os riscos da diabetes e do colesterol elevado e em 12% o risco de tensão alta.
O estudo americano envolveu 140 mil mulheres já no período pós-menopausa. Em média, essas mulheres amamentaram os seus bebés há mais de 35 anos.
Acredita-se que a redução do risco de doenças cardiovasculares ocorre porque, ao amamentar, as mulheres diminuem os depósitos de gordura no corpo. No entanto, os cientistas afirmam que o efeito é mais complexo e que a libertação de hormonas estimulada pela amamentação também tem um papel importante.
A pesquisa também verificou que amamentar reduz os riscos de cancro da mama e osteoporose.
O estudo foi publicado na "Obstetrics and Gynaecology".

DESCOBERTA NO ESPAÇO


Descoberto menor exoplaneta

Cientistas descobriram o menor exoplaneta que se conhece.
Os investigadores descobriram um planeta cuja massa é apenas o dobro do da Terra, o que fez dele o mais pequeno exoplaneta (planeta fora do nosso sistema solar) entre os 350 já identificados, segundo um comunicado da Eso, a organização europeia para a investigação astronómica desde o Hemisfério Sul.
Este planeta, baptizado "Gliese 581 e", foi descoberto graças a investigações conduzidas a partir do espectógrafo HARPS, ligado a um telescópio de 3,6 metros de comprimento da ESO instalado em La Silla, no Chile.

O BURACO DO OZONO ESTÁ MESMO A FECHAR


Buraco da camada de ozono pode fechar a partir de 2065

O buraco na camada de ozono sobre a Antárctida estabilizou a partir de 2000, mas ainda demorará décadas para se regenerar e fechar, o que pode ocorrer a partir de 2065.
Esta é a conclusão dada hoje à imprensa pelo climatólogo americano David J. Hofmann, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA).
Apesar da estabilização, ainda não há sinais de uma recuperação sobre o polo sul, embora o especialista afirme que, caso continue a tendência actual, o buraco poderia começar a se fechar a partir do ano 2030.

NADA COMO UMA SESTA PARA MOTIVAR O TRABALHO


Engane-se quem pensa que a sesta é um hábito exclusivo dos “neutros hermanos”. Também na Dinamarca as empresas e o próprio Governo estão a reconhecer a importância deste momento de descanso, instituindo sestas remuneradas no trabalho.
A notícia é da TSF, que refere que, para além das 1800 empresas dinamarquesas que já pagam a sestas aos trabalhadores, há uma província do país onde os trabalhadores de turnos nas áreas da Saúde e Assistência Social vão passar a ter direito a 20 minutos de sono remunerado.
Esta acaba por ser uma experiência-piloto e, caso venha a comprovar-se a importância da medida para os trabalhadores, poderá vir a ser aplicada pelo executivo de Copenhaga em todo o país. A concretizar-se, esta será uma das acções destinadas a incrementar a motivação dos profissionais, que estão a ser levadas a cabo na Dinamarca no âmbito da flexisegruança.
Nas 1800 empresas do país que adoptaram a medida voluntariamente foram registados aumentos na rentabilidade e reduções drásticas de enganos, acidentes laborais, situações de cansaço e até faltas por problemas de saúde, conta a versão online da TSF.

E QUANDO CHEGAR A REFORMA?

Alguma vez pensou na sua reforma?

Apesar da poupança para a reforma ser um assunto na ordem do dia, dadas as limitações impostas pela sustentabilidade da segurança social, os portugueses pensam pouco na sua aposentação. Os mais felizes no trabalho são os que melhor planeiam o futuro.
Numa escala de 0 a 10, o índice de Consciência Reforma (ICR) médio dos portugueses é de apenas 10,4 pontos, conta o Expresso.pt, dando conta de um estudo promovido pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos e levado a cabo pelos investigadores do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Mas há ainda um número mais preocupante. É que, para 61% das pessoas o valor o ICR situa-se abaixo desta média.
Como pouco pensam no assunto, os portugueses também pouco poupam a pensar na reforma, indicia este indicador que pretende avaliar o equilíbrio entre a felicidade presente e a sustentabilidade a longo prazo, ou seja, depois da saída do mercado de trabalho.
Os profissionais mais felizes são aqueles que melhor planeiam a sua situação de aposentados, pelo menos de acordo com os valores medidos pelo ICR, o qual mede dados objectivos como a idade em que as pessoas começam a pensar na reforma e subjectivos como satisfação actual, comportamentos consumistas ou capacidade de poupança.
De acordo com o site do “Expresso”, o ICR foi calculado com base num inquérito a mil pessoas entre os 25 anos e os 60 anos, efectuado em Novembro e Dezembro de 2008.

A BATERIA DE TELEMÓVEL SUPERSÓNICA


Bateria para telemóvel que carrega em 10 segundos
Cientistas criaram uma bateria de lítio que pode revolucionar o mundo dos telemóveis. Precisa apenas de 10 a 20 segundos para carregar.
Esta nova bateria à base de lítio é capaz de armazenar e gerar uma maior quantidade de energia do que as actuais e é recarregada em apenas dez segundos --uma invenção que poderia revolucionar o mundo da telefonia celular. A bateria deve ser comercializada em alguns anos, segundo os investigadores responsáveis pelo projecto.
A invenção foi desenvolvida por Byoungwoo Kang e Gerbrand Ceder, dois cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que se dedicaram a melhorar o rendimento oferecido pelas baterias actuais através de um novo desenho dos canais encarregues de transportar a energia de um lado para outro da pilha.
Actualmente, as baterias de lítio oferecem um bom rendimento energético. Contudo, o seu ponto fraco é o baixo nível de potência em determinados momentos nos quais, por qualquer motivo, é necessário uma carga extra.
O facto é associado à lentidão com a qual os íões e os electrões do lítio circulam.
Por isso, os cientistas centraram os seus esforços em conseguir aumentar a velocidade de deslocamento dos iões, criando uma ferramenta capaz de distribuir a energia por cada um dos cantos do dispositivo.
Ceder explicou que isto permitiria carregar uma pequena bateria, similar à usada nos telemóveis, em apenas dez ou 20 segundos, o que "poderia ter muitíssimas aplicações práticas e poderia chegar a mudar nosso estilo de vida".
Kang e Ceder utilizaram como base o composto LiFePO4, usado frequentemente no fabrico de baterias. Após o cobrirem com uma mistura de ferro, fósforo e oxigénio, o composto foi aquecido, o que permitiu que os iões se deslocassem com rapidez.
Além dos dois pesquisadores do MIT, empresas de tecnologia já tinham revelado que trabalham no desenvolvimento de baterias e pilhas mais potentes e baseadas noutros elementos químicos, cujas durações de carga podem chegar até um mês.
Os resultados desta investigação foram publicados na revista “Nature”.

CIENTISTAS VÃO PODER LER A MENTE

O Centro de Imagiologia da Wellcome Trust divulgou um estudo segundo o qual é possível ler memórias espaciais através de imagens do cérebro. Para os investigadores este é mais um passo para que no futuro conseguirmos ler a mente das pessoas.
Uma equipa de cientistas do Wellcome Trust do University College of London registou as imagens da actividade cerebral de várias pessoas, tendo conseguido assim detectar as suas memórias espaciais.
O estudo foi feito com base nos processos mentais que os taxistas da capital britânica usam para interpretar os mapas da cidade e mostraram que é possível interpretar os sinais transmitidos pelos neurónios.
A nova descoberta vem juntar-se à conhecimento da importância do hipocampo na orientação dos indivíduos, assim como na memória e na imaginação de acontecimentos futuros. E fica agora comprovado que esta região cerebral grava também as memórias espaciais em padrões regulares.
Esta descoberta poderá ser importante para o tratamento do Alzheimer e outras doenças, mas como demonstra que é possível dizer o que uma pessoa está a pensar olhando apenas para a actividade cerebral, talvez abra caminho para leitura da mente humana.